Cor, Alegria e Amor

Que a sua vida tenha cor, alegria e amor.

Entre, "sinta-se" e descubra quanta cor há em você!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Entre "nós"


Era uma noite clara. A lua estava bastante iluminada. No entanto, o céu estava encoberto por nuvens que desenhavam os seus mistérios. E se minhas mãos alcançassem o céu, talvez meu coração encostasse-se às suas dúvidas. E eu sopraria as interrogações, junto às nuvens, até que as estrelas surgissem junto das tuas afirmações.
Há cumplicidade no abraço. Há laços entre os beijos. Há sintonia entre os olhares. Há umidade nos toques e arrepio nos ouvidos. Existe um pouco de fé e quase um pingo de esperança.  Existe alguma coisa ali que aproxima, que entrelaça, que aperta e que enche de vontade de ficar mais.
E então me flagrei pedindo a Deus nossos abraços se repetissem todos os dias. Me flagrei, sussurrando para o universo que era você que eu esperava. E te pedi para mim. Pedi, sem saber como se pede. E me perdi, sem saber como se perde. 
O tempo. Ele sempre termina pra nós. E quantos “nós” eu trouxe comigo para te deixar ir em paz. Aqui comigo, entre os nós, teu sorriso que guardo e bebo nos momentos de crise. Eu sempre fico bem.



terça-feira, 23 de abril de 2013

Em Primeira Pessoa


Não aprendi a falar em terceira pessoa. Falo na primeira. E, às vezes, falo alto.  Assumo as consequências das letras e versos.
Eu me repito. Eu insisto em mim e nas minhas verdades. Não desfaço das minhas cores. Me refaço e, se preciso, eu renasço. Eu canto, desencantando minhas ilusões. Aprendi a digerir minhas verdades.
Cravo nos cantos dos meus territórios semiáridos e férteis a minha bandeira de paz. Eu sopro minhas sementes e contemplo os meus girassóis desde nascer até a morte e revivo com eles toda vez que renascem. Embora eu voe feito suas sementes, eu gosto das suas raízes e da generosidade do ressurgimento.
Eu estou sempre a um passo de ir e outro de ficar. Fiz minhas regras enquanto assovia, dirigia, percebia a chuva e entrava numa curva. A flexibilidade é a minha vontade de caber no teu colo todos os dias e todas as horas.
De tudo que levo, o que tem mais peso, ainda é leve. Porque o amor é leve e eleva.
Tenho coragem de sobra. E sobra de falta. Deve ser por isso que me arrisco. Não tenho muito o que perder.  Eu sonho muito. Mas, por favor, eu não sou um sonho. Eu sou real, embora eu goste de ser confundida com um arco íris. Mas meu coração é bem feito ao seu.
Eu já desejei ser exemplo. Hoje, eu desejo é ser feliz.


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Rebelião, Liberdade, Arte

Se rebele. Não contra o sistema, nem contra a sorte e, menos ainda, contra o outro.
Se rebele contra a tristeza, contra a angústia e contra o impossível. 
Se rebele contra as algemas que prendem teus sonhos. Contra as amarras que te impedem de ser mais e melhor.
Se entregue de corpo, alma e coração ao que te faz feliz. Ao que te traz sorrisos leves e mente sã.
Se transforme naquela pessoa que você admira. Todo mundo é capaz.
Somos todos compostos do mesmo barro. Não há nada que difere os corações do rico, pobre, branco e preto. Somos todos iguais.
Sonhe! Você pode sonhar. E sonhe tão alto que te torne grande para tocar o céu.
Questione as razões da vida e esteja preparado para as respostas. Entender é algo que acalma nossa alma. Compreender é algo que enobrece o coração.
A liberdade parece um vento suave que sopra brando nossas faces. Tem barulho de água correndo o leito dos rios. Tem paisagem de estradas entre montanhas. E nada é mais livre que uma mente criativa unida a um coração repleto de ternura e paz.
Ser livre é ser arte. É se permitir renascer todos os dias a partir daquilo que sonhamos ser. É ser parte do sorriso de alguém. É adentrar em um mundo mágico de ilusões doces, tão perto da nossa realidade, tão perto do nosso céu. A um passo da ação.
É ser tudo aquilo que nos parece impossível e não é. E tudo porque temos fé.
Você é ainda maior.
“Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior”

Débora Andrade



quinta-feira, 11 de abril de 2013

Do Meu Mundo Cor de Rosa


Me responsabilizo. Carrego o peso do meu mundo cor de rosa nos meus ombros sempre dispostos.
Não me importo com o peso das histórias. A vitória nem sempre é leve. É preciso aprender a lidar com os rumos que a vida toma. É necessário reviver e reavivar todos os dias para que se tome fôlego e da vida, ache graça, até das desgraças.
Eu carrego um coração bordado de sonhos. Eu sonho por ontem, pelo ontem e para amanhã. Eu sonho. Eu vivo sonhos. E me responsabilizo.
Tudo que sinto é problema meu. Todas as minhas expectativas, problema meu. Sim. Eu centralizo. Agonizo as faltas e transformo-as em som. Me alimento de versos e canções.  Invento meus amores e paixões. E vivo... a cisma.
É cisma. É aquilo que você sabe que não vai chegar e, por isso, te desafia... Te desorienta e você teima. Entra numa queda de braço com a vida e desestabiliza o destino. Instiga os instintos, resgata a coragem e reescreve novas linhas, tão velhas e sonhadas.
É cisma. Te dá asas e  novos céus. Você pisca os olhos e nascem flores pelo teu caminho. E por ser tão bom, parece mentira. É só cisma.
Me responsabilizo. Crio mundos coloridos. Vivo ilusões de mão única. Desenquadro minhas estradas e vou... Volto. Eu gosto do meu mundo cor de rosa.

Débora Andrade

"eu posso te fazer feliz"


domingo, 7 de abril de 2013

Ele saiu dos meus poemas...


Ele parecia saído de um dos meus poemas e contos. Tinha doçura no olhar. As palavras certas e o silêncio nos momentos necessários.
Ele tinha o abraço que cabia minha impaciência e quando tocava meu rosto com ternura, parecia soprar pra longe as minhas dúvidas.
Ele parecia ser aquele que eu sempre mereci. Cuidava de mim e, quando eu nem esperava, me colocava bem em meu lugar. Me desarmava. Desligava minha bola de cristal. Aquietava minha arrogância de quem sempre soube de tudo. Ele me surpreendia.
A gente se enrolava e rolava. Trocamos os abraços, as mãos, confundimos nossas pernas, nossos gostos, nossos gestos.
Embora eu soubesse da necessidade dos pontos finais, fui colocando vírgulas e prorrogando um tempo de felicidade. Destas que passei a vida escrevendo.
Era. Era saído dos meus poemas. E é pra lá que ele vai voltar.  
Débora Andrade

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Parece loucura. E é.

Eu deixo a folha em branco e a tinta ao lado. Uma hora, as palavras se misturam à música e ao gosto que ficou do teu beijo e, eu posso não aguentar.
As palavras se prendem a mim e eu preciso me despir delas, uma a uma.
Me revolto sem volta. Os passos que deveriam retornar se perderam. Não tenho olhos para ver qualquer outro destino que não acabe nos seus braços.  
Eu quero o desassossego do amanhã. Contar as horas para te ter. Esquecer as horas quando te tenho. Eu quero não abusar da minha disponibilidade, da minha boa vontade, do meu sim, mas, abusar de você.
“Parece loucura”. Mas qual a verdade deste mundo é sã? Nada é mais louco que a paixão. Loucura ainda maior, é o amor.
Teu coração encostado no meu peito, pulsa o mesmo tom. Mas a dança da vida distancia os nossos passos e destrói a nossa coreografia. Você canta, mas não sabe dançar.
Transbordo-te e vivo as margens de mim. E sigo o gesto até secar o rio. Parece loucura. Mas pode ser pior. Pode ser...

“Você me bagunça e tumultua tudo em mim.”