Cor, Alegria e Amor

Que a sua vida tenha cor, alegria e amor.

Entre, "sinta-se" e descubra quanta cor há em você!

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Sem explicações...

Teu olhar me prende e me solta.  Eu tenho o meu e o teu mundo nos minutos de um abraço.

Teus braços aconchegam a minha paz e eu me deixo habitar em teus sorrisos, que ilumina teu rosto.

Os nossos encontros têm corpo, alma e corações dilacerados. Um pulsar involuntário que nos projeta em amanhãs de sol e em muitas noites de chuva.

Te enxergo. Degusto teu silêncio até perceber meias palavras, partículas de versos e prosas, minúcias dos suspiros e afagos.

Ternos são os nossos laços... Nossos mundos, resumindo-se e ampliando-se em universos: tão nosso que caberia na palma da minha mão e tão grande que não caberia nem na imensidão das galáxias.

A gente se beija para guardar o gosto e o gesto. E a gente se olha para gravar a alegria que nos enfeita quando nos damos as mãos.


Teria explicação se não fosse tanta emoção. 

Débora Andrade

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Tão meu, Tão sua, Tão nosso...


Tão Meu,  tão sua...

Eu teria um segundo entre a minha mão e a tua. E escolheria o tempo de segurá-la sem saber do fim.

E, talvez, nos segundos seguintes, minha mão percorreria teu rosto pra poder descobrir teu sorriso mais lindo.

Tenho mentido ao meu coração. Inventado dias a menos entre nós para que minhas lembranças, resumidas, escrevam teu nome entre o sorriso e o gesto.

E o teu nome, que aqui já tem cravado e gravado uma história, teima em estar nas minhas mais doces memórias. Teu sorriso é o cartão de visita mais lindo já visto.

Te tenho por aqui, sondando minhas hipóteses e minhas estrofes. Te tenho entre um passo e outro. Entre ao despertar e adormecer. Me vens até quando não posso mais querer.

E nessa nossa caminhada que se pronuncia um caminho tortuoso, se mostrou um belo caminho, uma linda trilha no meio das montanhas e mares, composta por belas canções para que pudéssemos cantar na nossa estrada.

E a gente trocou um ponto final por reticências. Porque, embora a história tenha um fim, nós ainda não encontramos em nós, no nosso peito, qualquer ponto final...

E na tua teimosia e o teu saber tudo... As reticências são rasteiras inesperadas. O ponto final, que parece tão necessário, no nosso peito não se encontra, a poesia continua se fazendo e continua cada dia mais se tornando mais belo dentro de nós.


Ele e Ela


terça-feira, 14 de maio de 2013

Não sei

A gente se enrolou. E se enrolou na nossa simplicidade de levar as coisas. Na naturalidade de ser quem somos e, quando fomos perceber, éramos tudo aquilo que gostaríamos de ter sido a vida inteira. 
A gente se traiu com as brincadeiras de destino. E hoje? Hoje a gente tá aqui, com as mãos cheias de nós, com as nossas almas entrelaçadas, tentando desvencilhar o futuro que não tem dono. Não é de ninguém.
O que poderíamos fazer? Eu tenho uma porção de respostas. Saberia o que fazer. Mas, hoje, agora, depois de você... eu não sei. Porque eu sempre fui tão dona das minhas verdades e quando eu resolvi não ser, você chegou tão dono de si... tão dono de mim... tão no controle de tudo e eu fui deixando... fui permitindo ser... permitindo estar apaixonada... E hoje, sei lá o que é isso aqui dentro... este bem querer sem limites, uma vontade de esta próxima.. de te abraçar.. de te contar minha vida... minhas horas.. de te pedir ajuda para escolher o carro... pra falar sobre dieta e exercícios.. para falar sobre sexo.. pra fazer sexo.. fazer amor... e quero tudo isso sem certezas do que tem por aí... Apenas me satisfazendo com que tenho recebido de você...
Eu tinha certeza que isso ficaria pior... Aliás, tenho... ainda vai crescer, mesmo que na distância.... E enquanto isso, eu pretendo descobrir uma fórmula nova e mágica para resolver este laço que nunca foi um nó. 
Quem sabe, neste tempo, você também se descubra.. se encontre.. E saiba o que fazer... 
Porque você, também, nunca me pediu certeza de nada... Acho que nunca precisamos pedir muito um do outro... Porque era, simplesmente... Enfim... não se torture.. Porque se você me admira pela coragem, hoje eu assumo minha covardia... e isso nos faz muito humanos.. o que também nos dá chances para refazer... viver de outra forma... 


domingo, 12 de maio de 2013

Seria...

Eu falaria de coragem se eu já pudesse falar de amor... Mas nós combinamos de guardar nossas palavras mais intensas para não estragar as lembranças. 
Combinamos que permaneceríamos intactos, para preservar uma integridade emocional que eu nunca conheci.
Iniciamos, retrocedendo o ponto final preciso. Seria leve, seria manso, seria breve.
E enquanto isso, eu sinto em mim o teu cheiro, ouço o teu som em meus cantos e releio teus versos, relendo um tanto de mim, desconhecido.
Eu falaria dos caminhos e de nossas estradas... Mas eu fiz aquela ultrapassagem indevida e deixei para trás todas as certezas vãs, de ter nossas mãos unidas, mais uma vez.
Seria leve se não tivesse carregado este tanto de mim. Seria manso se a dose da intensidade não tivesse atropelado o tempo, sonhando com futuro. Seria breve... seria breve...
Mas, eu sou feito os girassóis... E minhas sementes, livres, voam com a necessidade de renascer e florescer amores nos asfaltos...

Débora Andrade



Mãe que me lê nas entrelinhas...


Eu entrei porta adentro e ela já me olhou, sabendo tudo de mim. Eu movimento os olhos e ela sabe, exatamente, o que tenho.
Passei pela sala dando um beijo e um abraço rápido, só para não deixa-la sem nada de mim. Peguei um café e me sentei ao computador. A porta, entreaberta, sempre foi local de espionagem discreta. Ela fica de olho, dali do quarto ao lado. Ouvindo minhas canções e inspirações.
Um dia, quando a questionei sobre me deixar sozinha, ela respondeu: - Eu conheço minhas filhas. E sei que, entre elas, você sempre foi a que se vira sem mim. Eu quero que você precise de mim, mas, você não precisa.
Mas, ela sabe de todas as vezes que eu corri para o colo dela, com um sorriso no rosto, dando todos os beijos e abraços, tendo o coração despedaçado. Só que ela confia mais em mim que eu mesma. E por isso nunca deixou que eu colocasse em dúvida a minha força e minha capacidade e acreditava nos meus sorrisos, mesmo sabendo do tamanho da minha dor.
Eu ainda no computador e senti o cheirinho dela.  Eu estava escrevendo, desabafando. Não tenho passado dias muito fáceis e tenho prendido o choro. Ela parou do meu lado, não me esperou parar de digitar e foi dizendo: - Filha. Eu te amo. E estou do seu lado para qualquer coisa. Eu acredito em você.  
Deste momento em diante, eu só poderia me levantar, esquecer minhas letras e minhas dores, abraçar aquela coisa linda e cheirosa e agradecer a Deus por ser amada, com a mais pura e intensa verdade de uma mãe. Este amor me dá forças para enfrentar um batalhão, sorrindo. E o “acreditar” dela em mim, é minha maior motivação.
O mundo é mais seguro no colo de mãe.
No da minha, eu tenho tudo que preciso para ser feliz.

sábado, 4 de maio de 2013

Aíiiii.....

Aí, eu fico pensando que meia dúzia de palavras vai mudar tua vida. Vai te fazer acordar todas as manhãs super bem humorado, disposto, feliz e com mais vontade de viver. Uai? - Mas você já é assim. Então, não vou mudar nada. 

Aí, acabo escrevendo mais para colorir o teu jornal e para adoçar o teu café matinal. Enquanto faço minhas tentativas, por vezes desesperada, de deixar vir nas rimas ou na falta delas, um pouco de mim. Eu me dou todos os dias à você. Até quando não tenho mais nada de mim. 

Eu comprei novas xícaras e reaprendi a fazer chá. Comprei aspirina. É só cuidado para gripe não te pegar. Eu penso em novas receitas. De pão de queijo, de macarrão e de amor. 

Escrevo mais algumas palavras. Apago. Reescrevo. Apago outra vez. Me pergunto porque diabos eu tanto escrevo para você, que já me lê quando me vê? Escrevo para te alegrar ou para me entender? 

Gravei teu pulso. Teu som é desacordo. É de beijo no ouvido e doçura no olhar. Era para ser só silêncio. Mas é isso, a me embalar. Eu paro. Penso. Repenso. Vejo que devo ir. Mas, quero ficar.Volto dois passos para saber onde foi que me perdi e te reencontro. Parece que você se multiplicou no meu caminho. Parece que você gosta de ficar.

    Aí,  fico pensando em você. Nas tuas palavras. Não nas que você quase fala ou nas que você muito escreve. Nas que você ainda não disse. E me aperto. Me estreita o peito. Perco um tanto de ar. Relembro suspiros. E volto a andar. Sozinha. Como quem vai pela estrada a espera de carona.

    Aí... Aí... eu pego minha bola de cristal de volta e remonto meu divã. Vou escrever palavras que transformam. Para quem ainda não tem salvação.

    Você? Nunca precisou de nada disso. E suspeito que sua passagem tenha sido só para me salvar...


sexta-feira, 3 de maio de 2013

Aprendi...

Aprendi sobre o calor vivendo no frio. Eu aprendi sobre saudade enquanto eu a não vivia. Eu soube do amor quando vivi o desamor. 
A vida sempre me pregou peças. Embora eu mostre ao mundo a minha "maestria" em lidar com os obstáculos, a vida faz espetáculo dentro e fora de mim. Ela me dificulta, só para testar meus limites. Para me desafiar enquanto eu digo aos quatro cantos do mundo que não tenho medo de nada. 
Mas, ás vezes, bem sozinha, eu penso em desistir. Minhas letras pesam. Sobrecarregam meu peito e eu quase não suporto tanto (des)amor. Não é tão fácil como eu faço parecer que é. É que eu aprendi a rir de mim mesma, enquanto alguém mais fraco chora dentro do meu peito. 
Eu aprendi a resolver e a me resolver, quando me faltavam respostas e me sobravam perguntas. A vida para mim tem cor só porque um dia ela foi cinza. Aprendi a valorizar os passos, um a um, embora eu goste de saltar em vôos arriscados, sem chão para pouso. Eu sou a dona da razão por aqui. Sempre fui. Embora eu seja um poço de sentimentalismo barato, a dona das filosofias vãs e dos poemas de amor, eu sei onde cada passo meu me leva.E só me arrisco porque nunca tive medo de chegar. 
Eu me odeio, ás vezes, por não ter medo. O medo é limitador e eu vivo sem limites. E por isso, a dor acaba não tendo limites, também. É a resposta da vida, à altura da minha arrogância. Eu aprendi a ser... a assumir este ser e estar constante. 
Eu me entendo, me compreendo, me julgo, me culpo, me perdoo e tento seguir com os pesos, com as letras, com as lembranças. Olho para trás e me vejo em alguns sorrisos, em algumas lágrimas, em sinais abertos e em estradas retas. Dói. Porque vez ou outra, eu só quis ficar.
Mas, não. Eu passei, me deixei ali ou acolá e fui. E me pergunto, onde vou parar? talvez a vida só queria de mim alguns "menos". Menos arrogância, menos segurança e menos razão. E eu por aqui, procurando um sinal fechado.