Teu olhar me prende e me solta. Eu tenho o meu e o teu mundo nos minutos de um
abraço.
Teus braços aconchegam a minha
paz e eu me deixo habitar em teus sorrisos, que ilumina teu rosto.
Os nossos encontros têm corpo, alma e corações dilacerados. Um pulsar
involuntário que nos projeta em amanhãs de sol e em muitas noites de chuva.
Te enxergo. Degusto teu silêncio até perceber meias palavras, partículas
de versos e prosas, minúcias dos suspiros e afagos.
Ternos são os nossos laços... Nossos mundos, resumindo-se e ampliando-se
em universos: tão nosso que caberia na palma da minha mão e tão grande que não
caberia nem na imensidão das galáxias.
A gente se beija para guardar o gosto e o gesto. E a gente se olha para
gravar a alegria que nos enfeita quando nos damos as mãos.
Teria explicação se não fosse tanta emoção.
Débora Andrade