Cor, Alegria e Amor

Que a sua vida tenha cor, alegria e amor.

Entre, "sinta-se" e descubra quanta cor há em você!

terça-feira, 30 de julho de 2013

A / Há tempo...

A saudade sufocou a ponto de doer o peito. Físico, mesmo. Algo estranho e desconhecido, porque nunca me privei de sanar esta dor que atinge vez o outro todos os corações.
Eu senti o seu cheiro, o seu toque, o seu abraço e ouvi a sua voz. Pensei estar louca. E estava.
Eu precisava do abraço que cabe o meu mundo, justo, sem apertar e sem folga.
O tempo e isto que existe entre nós, moldaram teus braços para que nossos laços se fizessem ali, no calor dos teus suspiros.
Teus suspiros... sempre me inspiravam esperança.
Nas nossas mãos entrelaçadas há tanto de nós que se faz impossível medir ou calcular.
O beijo... O nosso. Parece que eu sonho quando te beijo. Os olhos fechados vislumbram céus estrelados, enquanto os lábios se tocam cuidadosamente, desesperadamente, arrancando da língua as palavras que nossos olhos nos dizem em brilho e a nossa voz cala. O medo é tão teu quanto meu. Amor é sempre maior.
As palavras que te entrego, escritas em cinco minutos, sempre dirão muito além do que disse.
Há impregnado em cada letra minha para ti, um afeto misturado a tantos outros quereres que me silencia.
A tempo de te abraçar, eu pedi. Há tempo para viver, amor. Em tempo.

Débora Andrade

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Mesmo de Brincadeira...

Um ponto final será sempre um ponto final. Não confunda com reticências. Um ponto final não tem muita educação e nenhuma doçura. Isto fica sempre nos parágrafos anteriores. 
Ponto final é cortante feito água congelada, feito faca afiada. Dói. É mesmo para doer. E a gente sabe que não será o único ponto, pois já passou por outros.
Alguns doem mais, outro menos. A vida vai nos ensinando a aceitar, a entender sem se debater e a gente vai escrevendo as histórias, aprendendo cada dia mais sobre a gramática da vida.
A vontade de ver, abraçar, de correr pela areia... tem que ficar só por conta da música. 
No mais... A vida segue. Até encontrar outro ponto... E a gente fica na torcida para que seja exclamação.







domingo, 28 de julho de 2013

Falando aos ventos

Ele me trouxe a paz que não encontrava. Instalou em mim o equilíbrio que nunca tive.
Entre o desespero, a ânsia e os tantos desejos, eu respirava fundo pensando nos nossos abraços e sentia a brandura de um dia a mais.
Eu me doava inteira e ele me devolvia. E todas as vezes, eu me sentia mais inteira, porque tinha ali muito de mim e muito dele.
Eu gostava de me reconhecer naquele beijo. Eu gostava de me ver naquele olhar. Tudo parecia ter uma beleza ímpar, daqueles que parece que não vai acabar.
Ele encheu os meus braços de amor, e eu carreguei leve e suave, sem pesos, uma história de sol, arco-íris, nuvens brancas, frio, chuva e muito calor. Éramos bons juntos. Talvez, fôssemos bons por mais tempo que uma vida. Quando nos dávamos as mãos, perdíamos o medo. E abríamos o peito para enfrentar o escuro. Tudo era claro quando nos beijávamos.
Hoje, se instala a falta. Enquanto reorganizo por aqui as palavras e os gestos de amor.
Aprendi a respirar o ar com sabor de calma. Eu sou um pouco dele, mesmo em sua falta.

Débora Andrade

domingo, 14 de julho de 2013

Livrando-me das palavras...

Antecipo-me às tuas palavras. 
Sou nascida das prosas soltas e sem horas. 
Embriago-me de liberdade e não me abstenho do abstrato. 
Do nada concreto que nunca fui, sou solta em versos e presa em canto, com encanto. 
Nascem flores das minhas mãos quando eu passo a mão pelo teu cabelo. 
Me oponho aos extremos quando me visto de guerra para te dar paz. 
Suicido a voz quanto te falo em nós. 
Canto doce e suave entre nossos lençóis. 
Teu sonho perene, inflável feito balão, necessita dos cuidados de uma semente. 
Tanta luz, tua mente e teu, corpo sentem. 
Versos seus já são nossos.
Versos meus já são teus.
Versos nossos já são meus. 
São nossos os versos e nós. 

Débora Andrade