Cor, Alegria e Amor

Que a sua vida tenha cor, alegria e amor.

Entre, "sinta-se" e descubra quanta cor há em você!

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Gente que faz a gente acreditar no amor

Eles me falaram sobre o amor. Poetas embriagados de sonhos, precisaram apenas de versos e rimas para me convencer que é "fogo que arde sem se ver". E que "quando ele se revela, não se sabe revelar" e que "Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no eclipse."
Eu acreditei. Ainda sofro as consequências destes que se foram amando sem medidas, nem sempre correspondidos, desfrutando desta solidão, nem tão ruim ou tão grande. Já que  "a maior solidão é a do ser que não ama." 


Débora Andrade

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Outras Estações

Me abrace. Envolva-me no teu calor, enquanto, em meus poros, entranha teu cheiro.
De conta-gotas eu bebi teu gosto e por gosto, tatuei na alma teu olhar sem horizonte. Regressei, em passos e astros, voltando à primavera. Lá o teu beijo ainda era nosso, as tuas mãos, ainda confessavam todas as palavras mal ditas e não ditas de amor. Rolávamos entre nossas flores e brincávamos de alegria, aguardando o pôr do Sol.
O verão trouxe com o sol a distância dos corpos que eram templos, em tempos, de amor e laços. Perdemos “nós”. Então, perdi meus passos, e me vi astro só. Contemplei a fundo e por dentro, a solidão e a saudade. Aceitando as escolhas, mesmo percebendo que a vida parecia desejar um céu de muitas estrelas. Uma galáxia de três luas, bordando novo universo de amor.
Ainda existem outras estações. Outros astros. E outras galáxias.

Débora Andrade




domingo, 2 de fevereiro de 2014

Restaurando

Refiz nossos caminhos.Passei pelos nossos lugares, revendo ali nossos gestos, ouvindo nossas músicas e refazendo tom a tom, as palavras quase ditas entre olhares, presas às nossas mãos. Revivendo a certeza do afeto, do carinho, do amor.
Terminei o dia revendo, do alto, o pôr do sol. O céu, naquele mesmo tom avermelhado, como se estivesse sendo pintado de amor através dos nossos olhos. Mas, eu estava só. E no peito, o peso dos dias que se foram, misturados a acidez dos dias que virão. Sombrios, frios, distantes.
Refiz meus pontos. Restaurei a alma. Suspirei o vazio, abrindo as mãos, acenando adeus, à Deus. Como um pedido encarecido de atenção dos céus, para que meu olhar reflita do alto o avermelhado de amor. E que a face molhada das lágrimas, seja recriada com um sorriso sereno, de quem não desacredita que o amor é sinônimo de felicidade. Que nele haverá sempre compreensão, respeito, coragem. E que os limites impostos, não podem ser mais do que provação para nos afirmar que podemos mais. E que somos, realmente, o que desejamos ser.
Refiz aqui dentro, nossos finais. Foram tantos, sempre retaliados e refeitos, com reticências. A vida se encarregou de nos trazer as provas, as mostras, os sinais de que era para ser. Mas, eu me acostumei com o seu "mas". E me forcei a acreditar que eu não sabia de tudo, principalmente, que este mas era parte sua e que você nunca se dispôs a deixá-lo. Eu cultivei a sua fé, a sua  força, apontando seus traços de coragem. Enquanto você cultivava a mesmice das covardias diárias, sem repensar no amor como o maior combatedor do medo. Não é preciso coragem se há amor.
Ao pôr do sol, me despedi das reticências. Guardo aqui os lugares por onde passamos, os gestos, os fatos, os atos, o sentir. Há coragem para isso. Vou restabelecendo a fé. Recriando amor em mim.  Enquanto você ainda dança na corda bamba, sem saber o que é, de fato, ser você mesmo.

Débora Andrade