Amanheço nublada. Há neblina pela janela. Uma fresta de luz
do sol e respiro. Inspiro os sonhos e me
encho de vida. Ainda como “Alice, no País das Maravilhas”, parece que não caibo
no aperto do quarto. Estico os braços e pernas em busca de mim mesma. Quero um
mundo em mim e para fora das quatro paredes, sempre em festa.
Da vida eu quero o dobro. Das emoções eu quero o latente, o
vivo, a brasa, o extremo. Sempre bem distante do morno. Quero o tanto que a vida oferece diariamente. Não economizo o sentir. Não guardo as palavras. Não faço poupança de sentimentos porque os juros não compensam a falta de ser.
Tempero a vida com salpicos de bom humor e para apimentar,
amor. Não há receita para a felicidade. Por isso uso da intuição. Bebo da vida
em goles largos, sem engasgos. E amo a tudo que posso, bem como devo ou mais.
Porque não me permito à metades que nunca fui.
Ser inteiro.
Anoiteço. E antes de dormir, eu sonho.
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