Não aprendi jogos de desamor. Não vou lutar contra minha essência, de se entregar confiante ao que sinto e viver, às cegas e às escuras, tateando o futuro na palma da mão, com as pontas dos dedos.
Não quero me armar de artimanhas e estratégias que minha razão saberia, com astúcia, desenrolar. O amor não pode ser este jogo de prende e solta, de medo, de insegurança ou dependência. Não saberei amar de outra forma, senão esta, embriagada de verdades que até parecem ilusões, de tão doces!
Seguirei meus dias, mesmo que próximo dos últimos, cultivando a intensidade, sem temer os tombos. E se você chegar e aceitar o que sou, saberei me doar, bem como sou e sem medidas, tendo como a felicidade como consequência.
Tenho minhas muitas linhas escritas. Transformei amores em versos, contornando minhas margens. Fiz de gente, rimas. Mas, pontuei finais.
Recomeçar nunca foi dificuldade para quem sabe morrer e renascer. Conheço e sei usar pontos finais.
Se vier, chegue para ser reticências.
Débora Andrade
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