Rodava o mundo e ela rodopiava, em compasso com a vida, entre os papéis e as flores. Em meio sonhos e afetos, férteis. Sementes a semear, e "se amar" entre verdades pela metade.
Era um mundo inteiro ali dentro. Era ela, feita de pedaços. Entre encontros e despedidas. Perdida na certeza arrogante de frases feitas, se encontrando no milagre da vida, fruto do ventre, pulsando a força que a conduz.
Rodopiava o mundo e ali, bem dela, rodavam os sonhos feito filme no teto, tão céu, tão seu. Resumindo o abundante sentir, capaz de girar o relógio, desfazendo o tempo, refazendo o vento, fabricando o alento que planta as palavras e escreve as flores, inventando novo amanhã.
Era só mais uma roda, neste gira feito gigante, a embalar, feito presente, um futuro bordado de ternos abraços e reluzentes sorrisos.
Ainda gira o mundo. E ela, ainda se vira.
Débora Andrade
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