Cor, Alegria e Amor

Que a sua vida tenha cor, alegria e amor.

Entre, "sinta-se" e descubra quanta cor há em você!

domingo, 27 de abril de 2014

Ela vem pra ser mais...

Sempre falei de mim a vida toda. Tentava me esconder nos escritos, mas, era exatamente ali que eu me escancarava. Falava com facilidade, sem me preocupar com as consequências dos desabafos. Aprendi a ser só. A viver tudo dentro de mim, externando em palavras e deixando escapar gestos quando o sentir transbordava. Mas, era tudo bem fácil.
Hoje, quando falo de mim, eu falo dela. Ela faz, literalmente, parte de mim. Às vezes é um tanto assustador.  Porque existe algo de dependência nisso tudo. Ela depende de mim eu, que sempre achei que nunca dependeria de ninguém, passei a depender dela. Para sorrir, principalmente.
Os dias não têm sido fáceis. Do susto à tempestade, o tempo vai durando o que precisa para preparar o tempo das flores.  Nas noites, silencio em mim as frustrações, angústias e me desfaço da armadura, deixando a lágrima vir; assumindo toda fragilidade que a vida não tem me permitido. Tento alocar tudo isto distante do cordão umbilical... Mas, é bem em meio às minhas tentativas de forjar segurança que ela surge com toda ternura e graça, dando voltas e cambalhotas no meu ventre, apontando sinal de vida dentro de mim, acendendo toda vida lá fora. Ela aparece me trazendo o futuro muito mais bonito. Então, consigo enxergar o seu sorriso e a vejo trazendo uma nova canção, falando sobre o bom arranjo instrumental e o quanto os versos e rimas palpitam felicidade em seu coração. É bem nesta hora, no silêncio ensurdecedor da fuga, que ela surge como quem diz:  - Mamãe, estou aqui. Olhe para mim. Eu amo você.
Já tão cheia de demonstração de força, ela me provou que a vida está fora dos planos. Que sempre algo muito importante nascerá do amor, trazendo ainda mais amor. E hoje eu posso dizer que já tenho o melhor de mim.
“Ela vem pra ser mais... mais de tudo. Mais amor.”


segunda-feira, 14 de abril de 2014

Traços e Linhas

Arrisco traços em cores quando penso em teu abraço. Mas, nada que eu pinte ou escreva, se assemelha ou se aproxima à grandeza do sentir que é entregue no silêncio envolto aos teus braços.
Guardo por aqui algumas palavras de conforto, bem vindas da serenidade do coração. A vida caprichou nas nossas tempestades. Mas, o que seria pequeno diante de nós, que nos fizemos tão imensos perante um ao outro? Não economizou em nenhuma emoção.
Mesmo que tímido, ainda percebo o brilho do teu olhar. Aos poucos, a vida vai se encaixando e nós, nos encaixando. Vamos tomando conta dos espaços e dos vazios, sem invasões drásticas. Não há como nos repelir quando traçamos nossas linhas. São paralelas, nada uniformes e, nem sempre, no mesmo ritmo ou tom. Mas, seguem lado a lado.
Fomos expostos, escancarados, com verdades inversas e reconstruídas distantes do que somos. Nada de nosso. Mas, bem perto de nós, quando o tempo para e a céu parece tão perto, no toque e na respiração, em um olhar de três segundos, nos confessamos e nos reconhecemos. E nos deparamos com um novo Sol neste mesmo caminho.
O que cabe no nosso tempo é calma, é paz, é amor. Porque nossos minutos ainda continuam valendo dias quando nossas mãos tomam conta de nós.
Não tema o tempo. Nem mesmo o meu. Não tema a minha pressa, o meu romantismo exacerbado e minha mania de dar cor às nuvens, às histórias. Já que eu não temo o teu silêncio, nem o teu compasso lento e menos ainda a tua história. Não tema a nossa história. Algo parece ter sido escrito por aí, feito lei, que nós saberemos sempre escrever e reescrever com paixão todos os começos, meios, fins e recomeços, independente das tempestades.

Me releio, quando leio você. Me reaprendo quando aprendo sobre nós. E volto a arriscar nossas linhas. 

Débora Andrade 


segunda-feira, 7 de abril de 2014

Pra Seguir

Eu ainda penso naquele primeiro dia. No desajeito das nossas palavras e a falta de lugar para nossos corpos. Eu te vi. Eu te enxerguei. Eu me deixei ser vista por você. E eu ainda pergunto o que a vida pretende para nós. Já que, nada parece definitivo quando se trata da nossa história.

Eu sinto falta dos nossos dias de uma hora. Das nossas horas que cabiam nossas vidas. A vida pulsa em mim com todo o teu jeito. E eu ainda vejo, nos teus olhos que me escapam, a minha falta de jeito. Estamos um no outro, ainda que não saibamos ou, fugimos disso.


A vida pela frente... é esta coisa de seguir. Como sempre fiz. E agora eu penso em segurar suas mãos... A desculpa é não te deixar desamparado... de cuidar e zelar por você... Mas, a verdade, é que perdi a vontade de seguir tão só... e bem no fundo, bate um medo de esquecer alguns passos pela estrada... os passos que você esteve ao lado...

Vou me reaprendendo, aprendendo você.