Cor, Alegria e Amor

Que a sua vida tenha cor, alegria e amor.

Entre, "sinta-se" e descubra quanta cor há em você!

terça-feira, 17 de outubro de 2017

A lua no meu peito

Trilhei um tempo à procura do sol
Fiz minhas tempestades embaixo do telhado de sonhos
E vivi dor no caminho que pensei ser amor.
Percebi a lua quando vivia a escuridão
E só então percebi que a sua luz me alcançava
E foi a lua quem me deu direção até suas mãos
E suas mãos me devolvem direção
Tua luz, entre as nuvens, me sinaliza o caminho certo
E é junto dos teus braços que eu tenho paz
Trilho caminho junto de ti
Passo a passo, te tenho por perto
E o telhado de sonhos deu lugar ao céu
As estrelas me revelam que amor não dói
E se antes eu trilhava a procura do Sol,

Hoje sei que a Lua tem o tamanho do Sol que meu peito precisa. 

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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

"Venha o vento que vier e se virar, nada"

"Venha o vento que vier e se virar, nada"

Esta frase é de uma canção do Grupo Rubel. 

Hoje, ao retornar minhas letras, me deparei com ela. 

Visitar minhas letras é o mesmo que me visitar. Às vezes, caminho distante e ainda não me vejo. Nem mesmo de longe. Mas, quando há este exercício de me ler, eu me retorno à mim e me retomo. Este gosto de ser minha. Este vício de ser dona de qualquer coisa de mim. 

E hoje eu me lembrei que eu sempre fui de me virar. Vindo qualquer vento. E que as tempestades, embora me tirassem a direção, sempre me fizeram voar. É porque nunca tinha medo. Me esqueci do nunca. 

E hoje, paralisada, ouvindo a música pela nona vez, pedi perdão à mim. Passarinho no ninho. Apreciando o céu que é seu. Fazendo poesia sem rima de uma vida de versos assimétricos e canção sem compasso.   - Pode pular. Vai. Tuas asas nunca saíram do lugar. Pode voar. 


Débora Andrade

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quarta-feira, 29 de março de 2017

Copas

Criação que cria. Cria ação, atura.

Feita por mãos vindas dos céus, em formas perfeitas,
Tão deusa, quase santa, com dose doce de pecado entre curvas. 
É dona de pranto, de canto, tem manto, tem amor para cura.

Donas de sorrisos francos e risos cênicos,
É poesia que emerge das pedras,
É prosa que sucumbe as dores,
Pinta arco íris em qualquer cinza com suas cores.

É silêncio. Destes que sabem invadir barulhos, rimando versos agudos.
Corpo, misturado com alma, que repele o medo com sorriso e abraça o futuro no ventre.
É quem vive, não só aguenta. Que tem a ternura nas mãos reticentes de arte.
Dona dos mapas que a cabeça dança, pinga sorrisos e esbanja elegância.

Dona de um mundo que cabe no colo, no verso, na capa, no pão, nos olhos.
Contorcionista das dificuldades, malabaristas das objeções.
Maria, Ana, Rita, Joana... todas, tantas e muitas. Nenhuma igual a outra. Todas elas, gigantes. Mulheres. Deusas, não santas. Mulheres.
Débora Andrade

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terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Do Abismo ao Mar

Retomei o caminho. Estou aqui. No abismo de mim.
Em silêncio,  as palavras me cortam a pele, reescrevendo meu caminho torto de mil sonhos sobre asas e céus. É só para colocar um ponto final.
Regurgito as mentiras: - Meia dúzia de rimas velhas, algumas estrelas, algum verde e montanhas, um vasto céu, poucas borboletas, um sol e um arco íris, teu nome.
Ainda em silêncio, busco a paz de ser minha, outra vez.
Fecho os olhos e pulsa no peito a fé. Vejo caminho à frente, bem depois do ponto final. Há sempre um começo para todo fim.
Ainda na beira do abismo, olho pra cima e volto a ver uma imensidão azul celeste, levemente dourado, com raios de um Sol maior. E quando retomo, com humildade e contemplação o meu olhar pra baixo, enxergo o mar.
Eu sou porto, outra vez.
Já posso sair dali. E navegar na imensidão do amor que vive em mim.
Sem dores de ontem. Em par com o amanhã.
A um passo da sua mão. Pra navegarmos para o infinito e além.

Débora Andrade