Cor, Alegria e Amor

Que a sua vida tenha cor, alegria e amor.

Entre, "sinta-se" e descubra quanta cor há em você!

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

É...

É...
Na tentativa de me organizar, criei em mim compartimentos com a finalidade de separar as coisas. Como quem arruma livros numa prateleira, se organizar de forma com que, ao me procurar, eu me encontre, sem te encontrar.
Mudei, quase muda, para o definitivo de mim. Cortei minhas raízes reticentes, ponto a ponto, me punindo das lembranças.
É... É mesmo tudo aquilo que parecia ser. Rasgando o peito, queimando as veias uma saudade sem dono. É... tudo aquilo mesmo. De ter o céu mais perto da gente, de sentir uma euforia dos pés a cabeça toda vez que sente o tom da voz ou num simples toque.
É... um hiato numa história que parecia sem fim. E um filme reprisado no fechar dos olhos que reverbera na parede do estômago, meio com medo de voar feito borboleta. É... uma dor profunda, sem horizonte, sem amanhã, com interrogações e afirmações sem peso. É um tanto de coisa que poderia ser e não foi e a latente, recorrente e perigosa expectativa do que pode vir a ser.
É... tudo aquilo que parecia verdade e, talvez seja. Misturado num medo de superar as frases e as letras que se foram, pela dúvida da próxima crônica. Numa constante ligação, mesmo por hífen, só porque é bom sentir certa proximidade, mesmo que seja o nó.
É... um tempo a desvendar os porquês. Um porquê meio bobo, tipo o que tenho todas as vezes que passo bom tempo falando sobre coisa qualquer e ouvindo sobre coisa nenhuma e isso ser tão bom e parecer tão importante. Um porquê quase místico sobre estes dos sonhos que insistem na imagem que já deveria ter passado, ser passado.

Me organizei, na tentativa de criar finalidades e ainda guardo lembranças na expectativa de pontuar um fim.