Já corriqueiro, o medo de partir era bem próximo ao medo de não cessar. O tempo me fez refém do instante agora. Todo e qualquer instante em que estivesse próximo da ideia de estar com você, valia um relógio.
No teu abraço era fuga e encontro. Era ali que eu me esquecia do mundo e o pulsar do teu peito me tirava o chão, dando-me o céu. O mundo era leve e flutuante, sobre mares e tão perto do Sol..Como, então, decidir pelo não?
Das tantas faltas, as que sobram e as que sufocam, não me acostumo com a do teu cheiro misturado ao meu. É feito prova de amor. Das misturas químicas que o corpo sentencia a alegria.
Me acostumei com seus olhos sobre os meus, num descanso afetivo e sereno, me confessando entrega e o encontro da tua alma com a minha.
A indecisão pelo sim e pelo não. O dilacerar, já quase sem vida, da esperança de dias futuros. Porque me acostumei a pensar em novos dias, sempre com mais alegria, para enfeitar suas noites.
Porque me acostumei à novidade que é te amar. A constância das surpresas que é dedicar-se a este sentir sem tamanho.
Pelo sim e pelo não, o tempo acaba. E acaba decidindo por ele mesmo.
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