Arquitetei caminhos com as nossas letras. Percorri uma estrada sem volta, recolhendo pelo chão todas as cores que nós brotamos juntos. Eu vislumbrei e vivi um mundo muito mais bonito desde o dia em que deixei de resistir à esta história. Não me arrependo nem da vírgula.
Preso, junto às lágrimas, está o nó. O mesmo que fica na garganta e salta para página em branco. O nó que não se completou com o "s" que eu esperei, do verbo esperançar, que você me lembrou que existia.
Parece coisa de outras vidas. Parece um reencontro. Mas, no fim, é só um monte de amor estacionado entre verdes e raízes e vistas de pôr do sol. Não aprendeu amanhecer.
Nem bola de cristal e nem cartas de tarô. Mas, para quem acredita que o Sol nunca dorme, espero, do verbo esperar, meu dia amanhecer com gosto de amanhã. Respiro fundo, relembro sem dor, rememoro as versos e rimas que fomos juntos e abro a porta da minha vida. O amor sempre entendeu de liberdade. Porque, também, entende de saudade.
Débora Andrade
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