Era preciso desacreditar. Retroceder a fé e deixar só a lembrança viver, sem nenhuma fotografia.
Laços invisíveis, sem registros e nem imagens, a não ser a que insiste em bater aqui, junto ao peito, pintando seu sorriso, meio de lado, canastrão. Levando sua mão no meu rosto, perseguindo com o olhar os meus gestos livres e sentindo com seus braços os meus sorrisos, serenos, intencionados aos seus.
Era preciso refazer o passo. Reciclar as horas passadas regadas á expectativas que a paixão persiste. Mas como é difícil sonhar sem ter tua imagem compondo meu cenário de felicidade.
Recompor a história a iniciar por um ponto final.
Iniciar novo ciclo, nova rota, novo rumo, novos passos.
Mantive as letras, os versos, as cartas, as flores, as músicas no mesmo lugar. Com a falta do registro de nós.
Iniciar nova rota. Nova estrada. E um álbum de fotografias.
Débora Andrade
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